ONCOLOGIA GINECOLÓGICA

O PAPEL DO GINECOLOGISTA ESPECIALISTA EM CÂNCER GINECOLÓGICO

O tratamento dos tumores ginecológicos teve uma rápida evolução nos últimos anos. Novas técnicas de aplicação de quimioterapia, inovação no tratamento de radioterapia e novas abordagens cirúrgicas são algumas das novas ferramentas disponíveis que o médico especialista deve estar familiarizado.

A inovadora técnica de preservação do útero em tumores malignos de colo uterino permitiu que mulheres jovens mantivessem a fertilidade apesar de um tratamento oncológico.

A aplicação de quimioterapia intra-abdominal através de um cateter instalado durante o tratamento cirúrgico do câncer de ovário parece melhorar os resultados.

O ginecologista oncológico deve ser capaz de identificar e selecionar o melhor tratamento para cada situação.

CONSULTA E AVALIAÇÃO CIRÚRGICA

CONSULTA GINECOLÓGICA PREVENTIVA

A consulta ginecológica deve ter um enfoque preventivo e deve ser individualizada para o perfil de cada paciente. Pacientes com história prévia de tumores ginecológicos devem seguir um acompanhamento diferenciado para detecção precoce de uma possível recidiva.

AVALIAÇÃO CIRÚRGICA

Mulheres com diagnóstico de alguma patologia ginecológica devem ser avaliadas afim de se estabelecer a necessidade ou não de determinado procedimento cirúrgico. Caso tenha indicação cirúrgica o passo seguinte será estabelecer as técnicas de intervenção disponíveis para o caso.

CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA

CIRURGIAS GINECOLÓGICAS ENDOSCÓPICAS

O tratamento cirúrgico ginecológico sofreu uma enorme transformação nos últimos 20 anos com a implementação de modernas técnicas endoscópicas, as chamadas cirurgias minimamente invasivas.

Pequenas incisões, curto período de internação hospitalar e rápida recuperação do paciente são alguns dos benefícios dessas novas técnicas.

Na ginecologia a cirurgia de retirada de pólipo endometrial ou miomas internos pode ser possível com a ressecção endoscópica chamada histeroscopia cirúrgica.

A retirada completa do útero por meio de laparoscopia cirúrgica (histerectomia laparoscópica) também significou um avanço, nessa que é uma das cirurgias femininas mais frequentes.

Atualmente, até mesmo o tratamento de massas císticas ovarianas (cisto de ovário) podem ser operados pela técnica de pequenas incisões e retirada cuidadosa do seu conteúdo (ooforectomia laparoscópica).

HPV

PAPILOMAVÍRUS HUMANO E O NIC (NEOPLASIA INTRA-EPITELIAL CERVICAL)

O papilomavírus humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível (DST) mais comum.

Homens e mulheres infectados pelo HPV podem não desenvolver nenhum sintoma, mas mesmo assim, podem infectar outros indivíduos pelo contato sexual.

Os sintomas podem incluir verrugas nos órgãos genitais ou na pele circundante ou lesões pré-malignas no colo uterino chamadas NIC - neoplasia intra-epitelial cervical 1, 2 e 3.

A pesquisa da presença do vírus do HPV (coleta de material diretamente do colo uterino) pode representar uma importante ferramenta no seu diagnóstico e tratamento.

Uma vacina que previne os variados tipos de HPV com maior probabilidade de causar verrugas genitais e câncer cervical é recomendada para meninos e meninas.

SEGUNDA OPINIÃO

PORQUE DEVERÍAMOS PROCURAR UMA SEGUNDA OPINIÃO MÉDICA?

Um recente estudo clínico conduzido pela conceituada Clínica Mayo, nos Estados Unidos, concluiu que, pacientes que procuraram uma segunda opinião de um médico, apenas 12% dos pacientes receberam a confirmação do primeiro diagnóstico. Ou seja, em 88% dos casos, os especialistas tinham opiniões divergentes sobre o que estava acontecendo com o paciente.

Esses números foram obtidos a partir da análise dos registros dos pesquisados durante o período de acompanhamento de dois anos. Os investigadores compararam a primeira avaliação com a final para determinar as diferenças entre elas. Em 21% dos casos o diagnóstico mudou completamente. Em 66% ele foi mais detalhado ou redefinido. Um diagnóstico preciso da patologia que está afetando o paciente é essencial para que o tratamento seja efetivo.

Muitas vezes, não ter um outro ponto de vista pode impedir a identificação de um erro no diagnóstico, o que pode levar a atrasos no tratamento, a complicações que levam a intervenções desnecessárias e ao insucesso.

A retirada completa do útero por meio de laparoscopia cirúrgica (histerectomia laparoscópica) também significou um avanço, nessa que é uma das cirurgias femininas mais frequentes.

Por isso, o próprio Conselho Federal de Medicina (CFM) encoraja a busca por uma segunda opinião quando o primeiro especialista consultado não está tão seguro.